domingo, 31 de outubro de 2021

ALEX CHINNECK - «Surrealismo urbano»

 

Ashford, Kent

Milão - Itália


Tinsley, Londres - Inglaterra


Londres - Inglaterra


Londres - Inglaterra

Londres - Inglaterra


👍Alex Chinneck met l’architecture sens dessus dessous


👍SURREALISMO URBANO: 10 OBRAS DE ALEX CHINNECK QUE ROMPEM COM OS CONCEITOS CLÁSSICOS DE URBANISMO

MALA D'ESTÓRIAS - Pão-por-Deus

 


Pão-por-Deus

Em Portugal, no dia de Todos-os-Santos as crianças saem à rua e juntam-se em pequenos bandos para pedir o pão-por-deus de porta em porta. As crianças quando pedem o pão-por-deus recitam versos e recebem como oferenda: pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas, que colocam dentro dos seus sacos de pano. É também costume em algumas regiões os padrinhos oferecerem um bolo, o Santoro. Em algumas povoações chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’.

Esta tradição teve origem em Lisboa em 1756 (1 ano depois do terramoto que destruiu Lisboa). Em 1 de Novembro de 1755 ocorreu o terramoto que destruiu Lisboa, no qual morreram milhares de pessoas e a população da cidade, que era na sua maioria pobre, ainda mais pobre ficou.

Como a data do terramoto coincidiu com uma data com significado religioso (1 de Novembro), de forma espontânea, no dia em que se cumpria o primeiro aniversário do terramoto, a população aproveitou a solenidade do dia para desencadear, por toda a cidade, um peditório, com a intenção de minorar a situação paupérrima em que ficaram.

As pessoas, percorriam a cidade, batiam às portas e pediam que lhes fosse dada qualquer esmola, mesmo que fosse pão, dado grassar a fome pela cidade. E as pessoas pediam: "Pão por Deus".

Esta tradição perpetuou-se no tempo, sendo sempre comemorada neste dia e tendo-se propagado gradualmente a todo o país.

Até meados do séc. XX, o "Pão-por-Deus" era uma comemoração que minorava as necessidades básicas das pessoas mais pobres (principalmente na região de Lisboa). Noutras zonas do país, foram surgindo variações na forma e no nome da comemoração. A designação indicada acima (Dia dos Bolinhos) em Lisboa nunca foi utilizada, nem era sequer conhecido este nome.

Nas décadas de 60 e 70 do séc. XX, a data passou a ser comemorada, mais de forma lúdica, do que pelas razões que criaram a tradição e havia regras básicas, que eram escrupulosamente cumpridas:

- Só podiam andar a pedir o "Pão-por-Deus", crianças até aos 10 anos de idade (com idades superiores as pessoas recusavam-se a dar).

- As crianças só podiam andar na rua a pedir o "Pão-por-Deus" até ao meio-dia (depois do meio-dia, se alguma criança batesse a uma porta, levava um "raspanete", do adulto que abrisse a porta).

A partir dos anos 80 a tradição foi gradualmente desaparecendo e, actualmente, raras são as pessoas que se lembram desta tradição.

No entanto, datas que não têm nada a ver com as tradições portuguesas, mas que comercialmente são mais "atraentes" para o comércio, são adoptadas rapidamente (caso do Dia das Bruxas, do Dia dos Namorados e afins).

Até a comunicação social, contribui para o empobrecimento da memória colectiva. Neste dia todas as estações de TV, Rádio e jornais, falam no Halloween, ignorando completamente o "Pão-por-Deus".

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quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Día de los Muertos 2021 - na Ferreira








Parabéns à professora Diana Vieira e aos seus alunos pela criatividade!



« A veces el colibrí, a veces el cuervo,
a veces el tecolote, nos dice cuándo hemos de irnos.
Pero nosotros los mexica no morimos,
sólo cambiamos de casa, de cuerpo.
Y cada año venimos aquí.

Como cada año en las diferentes regiones de México las comunidades celebran el regreso temporal de sus familiares y seres queridos difuntos: el Día de Muertos. 

En la celebración del Día de Muertos, la muerte no remite a una ausencia sino a una presencia viva; la muerte es una metáfora de la vida que se materializa en el altar ofrecido: quienes hoy ofrendan a sus muertos serán en el futuro  invitados a la fiesta. En este sentido se trata de una celebración que conlleva una gran trascendencia popular en tanto comprende diversos ámbitos de significación, desde los filosóficos hasta los materiales.

Asimismo, el Día de Muertos se considera también una celebración a la memoria, un ritual que privilegia el recuerdo sobre el olvido. »

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quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Agrupamento Aqua Alba - Conselho Geral Transitório - Eleições

Para um agrupamento construído por todos!







CASA DA CULTURA LÍVIO DE MORAIS - Exposição

Arte Africana dos Museus de Etnologia 
Europa - África - América

« O Centro Cultural Luso Moçambicano inaugura no dia 23 de Outubro a exposição
Arte Africana nos Museus de Etnologia da Europa, E.U.A e África, atividade que acompanha a edição de um Catálogo resultante do inventário de 50 peças de arte africana localizadas em Museus de Arte, Etnologia e História, espalhados pelo mundo.
Este projeto conta com o apoio financeiro do Programa Anual de Apoio às Associações de Imigrantes do Alto Comissariado para as Migrações.
Apesar de serem reconhecidas como objetos artísticos e etnográficos, as máscaras e esculturas africanas, propriedade atual dos museus, foram retirados dos seus locais de origem, anulando suas funções e se transformando em acervos, servindo ao longo da história de suporte material para a perpetuação de ideias raciais de diminuição cultural e social dos povos africanos.
O presente projeto, ao estabelecer uma relação de parceria com 20 museus internacionais para a construção de um catálogo que reúne símbolos essenciais ao conhecimento da diversidade ritualística dos povos dos vários países africanos, será um complemento documental ao acervo existente nos museus internacionais e nacionais, abrindo caminho para um novo interesse sobre os acervos museológicos e a história da ancestralidade dos povos colonizados e contribuindo para o debate e reflexão acerca da restituição de bens culturais aos seus países de origem. »


Mensagem de Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO, por ocasião do Dia Mundial para a Cultura Africana e Afrodescendente - 24 de janeiro de 2021

Com esta nova edição do Dia Mundial para a Cultura Africana e Afrodescendente, a UNESCO deseja honrar e destacar estas culturas, na sua diversidade e atualidade.

Dos tambores do Candombe à cidade de pedra de Zanzibar, para mencionar apenas os bens classificados como património material e imaterial, as culturas da África e da diáspora teceram formas únicas de pensar e sentir, de vivenciar e expressar, através dos séculos e dos continentes.   








Apresentação do catálogo da exposição por Mestre Lívio de Morais



Senhor Embaixador de Moçambique em Portugal, Joaquim Casimiro Simeão Bule




Vereador Eduardo Quinta Nova - Câmara de Sintra

~


Doutora Sónia Pereira, Alta-Comissária para as migrações









Professora Serafina Costa, tradutora

Professores Maria Laura Matos e José Maria Silva, tradutores




A apresentação das obras com o entusiasmo e a sabedoria de Mestre Lívio!







Lívio de Morais e o Senhor Carlos Miguel Nunes Casimiro Pereira, Presidente da junta de freguesia de Agualva Mira Sintra


Elsa de Noronha, filha do poeta moçambicano Rui de Noronha, declamou poesia.





Lívio de Morais e a esposa, Fátima Morais.


« Só podemos assim estar muito gratos a Lívio de Morais, professor e artista plástico, criador do projeto e curador, por nos oferecer este projeto cultural, de exposição e contextualização, que nos ajuda a conhecer mais e melhor a Arte Africana, elemento fundamental da nossa História coletiva mundial.»
Sónia Pereira



Não percam esta exposição exposta até dezembro de 2021,

na Casa da Cultura Lívio de Morais
Av. 25 de Abril, Largo da Igreja - Mira Sintra
2735-400 Cacém

Mira-Sintra continua a espelhar Museus do Mundo!

 



Vale bem a pena respirar entre máscaras. Sorve-se um sopro antigo de madeira humana laborada em testemunho de Vida, em registo de História.
Lívio de morais acarinha estas obras de arte como pão. Como pão que aquece entre mãos e dentes de meninos com fome. Pão dos olhos. Pão da alma. Pão anónimo de histórias longamente contadas em silêncio.
José Maria Silva

Fotografias - Fátima de Morais e Maria Laura Matos