domingo, 19 de junho de 2022

Na Ferreira... Dias criativos!

Quando o Espanhol e o Francês desfilam juntos ...

 
Tema da coleção:
 uma moda que respeita o ambiente !

Professoras Ana Jones, Diana Vieira e Cláudia Outeiro,
as nossas estilistas!


Roupas e acessórios sustentáveis...


A professora de Francês, Cláudia Outeiro, nos últimos ajustes... 


Todos ajudam!



“¿Qué es la moda? Es disciplina. Disciplina, y un credo para hacer solo lo mejor, hasta el mínimo detalle.”  
Manolo Blahnik


“La mode se démode, le style jamais.”
Coco Chanel



“La mode est avant tout un art du changement.”
John Galliano




O professor de História, Tiago Ribeio, também ajudou... Terá aproveitado para relembrar a origem da Cravate


A professora de Espanhol, Diana Vieira, a confirmar a entrada dos modelos na passerelle...



Prontos para desfilar!


A professora Cristina Correia, Presidente da CAP, a encorajar os participantes...



À espera do júri ...



Um público  motivado !







Um júri atento!




“Los diseñadores proponemos cosas y es la gente la que las transforma en moda.” 
Adolfo Domínguez


E começou o desfile!

Os diferentes modelos foram apresentados em espanhol e em francês.










As lindíssimas vencedoras:





“Cuando ve trajes bonitos, Dios sonríe complacido.”
Manuel Pertegaz


“Il n'y a pas de mode si elle ne descend pas dans la rue.”
Coco Chanel









Nos bastidores, é hora de arrumar tantas roupas e tantos acessórios originais, criados pelos alunos, que se inscrevem na urgência de uma moda mais ética...


A alegria deste fabuloso convívio continuará a desfilar nas nossa memórias!

Parabéns a todos os participantes !
José Maria Laura
Fotos - Maria Laura Matos






quinta-feira, 16 de junho de 2022

ZOOMSTREETART - Uma vela acesa

 👍 zoomstreetart








Graffiti em Moscovo
(Oleg Yankovsky do filme de Andrey Tarkovsky Nostalgia, 1983)


Associação Portuguesa de Gagos e JOÃO TORDO


 



(...) Há uma década, talvez tivesse alguma vergonha. Hoje, enche-me de orgulho. Possuo uma gaguez ligeira, que piora quando tenho de ler em voz alta - cada um com os seus traumas, enfim... Mas já algumas vezes falei da obra de Saramago deste ponto de vista: para mim, a voz narrativa do Nobel (o seu ‘metrónomo’ ou compasso, por assim dizer) encontra-se enformada pela experiência da gaguez, que, a partir de certa altura da vida, deixou de se notar nele. Espero que também se leia isso no meu trabalho: que sou gago e sempre serei, e que, após décadas de vergonha, finalmente compreendi que era uma dádiva. Esquisito? Nem por isso. Uma pessoa que gagueja na infância irá procurar sinónimos, outras maneiras de dizer aquilo que pressente ser um obstáculo, caminhos alternativos para chegar ao mesmo lugar. O seu ‘tempo’ é outro - nem melhor, nem pior -, e isso provoca desconforto a quem tem pressa. Mas também ginastica o cérebro e ‘molda-o’ de maneira diferente, contribui para a expansão do vocabulário e possibilidades narrativas. Talvez tenha sido impossível, para mim, meter conversa com aquela miúda gira do 7. Ano por medo da gaguez, mas a gaguez esteve presente na métrica e nos compassos de todos os meus livros. Se hoje sou este escritor, também o devo a ser gago. Também o Saramago, estou certo (porventura só um gago entenderá isto ao ler os seus livros.) Seja como for: obrigado por me incluírem, sou orgulhosamente ‘disfluente’ ❤️»

João Tordo 

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