Folhetos da campanha
ANA FERNANDESFLORESTAS
Não, não é para cortar todas as árvores à volta das casas
A campanha já andava por aí mas foi um mail das Finanças que serviu de gatilho para o pânico. Uma divulgação simplista da lei sobre a limpeza dos terrenos e a ameaça de multas está a levar a que se abatam até árvores de fruto. Os especialistas dizem que não é com ameaças que se gere floresta. O Governo responde que a lei já existia e o importante é reduzir combustíveis.
Há milhares de árvores em risco de serem abatidas no país desnecessariamente. Há uma semana foi publicada uma legislação, divulgada em vídeos e folhetos, que pode ter um impacto na floresta “pior que os incêndios”, dizem especialistas, empresas, organizações florestais e proprietários. O que dali muitos retiram é que em volta das casas e povoações deve haver uma razia completa, caso contrário a multa será pesada. O pânico e a desinformação está a levar a acções radicais. E já há uma petição a pedir mudanças na lei. O Governo contrapõe que apenas clarificou uma legislação que não é nova e que a limpeza dos terrenos é um imperativo nacional.
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“Esta lei foi feita só a pensar nos pinheiros e eucaliptos. Não pensaram que havia outras espécies para as quais não faz sentido? Isto tem tudo para descambar em muita asneira e destruírem-se espécies autóctones, protegidas, que têm valor patrimonial”, questiona Nuno Oliveira, biólogo.
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