O próprio do ser humano é pensar. Pensa, pois, de dia e de noite. Neste espaço - às vezes nulo - entre dias e noites surgiu a possibilidade de um estendal de documentos. Primeiro, pensados para possível utilização em atividades escolares. Depois, expostos à sensibilidade de qualquer um. Se não vieres de dia, se não vieres de noite, podes vir ao lusco-fusco que é quando o texto, a imagem, o som e o silêncio sustentam a cor do teu olhar.
José Maria Laura
domingo, 31 de maio de 2020
sábado, 30 de maio de 2020
SARA FIGUEIREDO COSTA e ZÉ TAVARES - Diário Encerrado (excerto)
29 Maio
Durante os primeiros dias desta saga pandémica, parecia que o mundo estava suspenso e nada mais se passava para além do passeio aleatório de um vírus pelas esquinas. Ilusão, claro. O mundo continuou, no seu melhor e, sobretudo, no seu pior. As imagens de um polícia norte-americano ajoelhado sobre o pescoço de um homem, desarmado e imobilizado, que acabaria por morrer pouco depois, lembraram com toda a violência que nunca nada pára para dar espaço ao que possa ser novo. George Floyd é o nome desse homem que esteve nove minutos a implorar ao polícia que o deixasse respirar. George Floyd era um homem negro, o polícia é um homem branco. Vivêssemos num mundo onde o racismo não é estrutural e a cor das suas peles seria um detalhe absolutamente irrelevante. Não é irrelevante, é toda uma história a ser repetida em tantos sítios, sobretudo nos bairros e comunidades mais pobres, nos EUA como aqui. Um branco suspeito de um crime é um suspeito, um negro nem precisa de ser suspeito, é já um criminoso a quem a cor da pele extingue imediatamente os direitos básicos de qualquer cidadão – nomeadamente o de não ser violentado pela polícia, independentemente de vir a comprovar-se que cometeu algum crime. Isto devia ser básico e não é. George Floyd agonizou debaixo do joelho do polícia enquanto pedia para respirar, enquanto se queixava das dores, enquanto morria. Morreu ali, quase em directo para a internet, o que torna tudo mais pérfido: ainda bem que alguém registou o momento, claro, ou seria impossível pedir contas aos responsáveis, mas esta é uma história que se repete longe da vista geral. Há vários George Floyd por esse mundo cujas mortes, espancamentos e outros mimos às mãos de agentes que nunca deveriam ter chegado a autoridade não nos passam pela vista. E há demasiadas presenças da extrema-direita nas forças da ordem (uma só já seria demais), demasiados discursos racistas disfarçados de preocupação social, demasiadas desculpas para não se assumir que o básico são os direitos humanos, iguais para toda a gente. Mesmo iguais.
« Faz hoje dois meses que começámos este exercício diário de olhar para o mundo a partir de casa e contá-lo em textos e imagens. Quem diz o mundo, diz a nossa própria cabeça. Não sabíamos bem se íamos ser capazes de o fazer diariamente, nem por quanto tempo, e ainda menos se íamos ter leitores. Passaram dois meses, já não estamos exactamente confinados, mas mantemos o ritmo e a vontade. Enquanto assim for, andaremos por aqui, sem compromissos de prazos ou objectivos. Para assinalar estes dois meses, fizemos um pequeno livro em versão digital com uma selecção de textos e imagens, escolhidos entre aqueles que mais gostámos de fazer. Fica aqui, para quem quiser: DIÁRIO ENCERRADO »
sábado, 23 de maio de 2020
PAULO FEITAIS - Se confundires as sombras
Se confundires as sombras
Com raízes,
Quando a noite vier
Só haverá escuridão.
As pessoas felizes
Semeiam-se no chão,
Bem no chão,
Do coração.
AQUI
quinta-feira, 21 de maio de 2020
terça-feira, 19 de maio de 2020
VIOLETA LOPIZ e BLISK - Animation
[Whittle School&Studios: Architecture and Design] Animation_Clip1 from BLISK on Vimeo.
Client Whittle school&studios, NYC, USA whittleschool.org
Director Bing Lu of BLISK
Original artwork Violeta Lopiz
Animating Bing Lu of BLISK, Isu Kim of BLISK
segunda-feira, 18 de maio de 2020
MICHEL PICCOLI (1925 - 2020)
Morreu o ator Michel Piccoli. Tinha 94 anos Trabalhou com grandes realizadores, de Jean-Luc Godard a Manoel de Oliveira.
Mais de 200 filmes!
Vem-me imediatamente à memória um filme marcante de 1970: Les choses de la vie de Claude Sautet.
Uma história trágica envolta numa belíssima música melancólica...
Ainda perdura a emoção que provocou na minha infância.
Em coma, após um acidente de carro, Pierre relembra a sua história de amor com Hélène, a magnífica Romy Schneider, dilemas amorosos, coisas banais e frágeis que alimentam vidas...
« Les choses de la vie
Ces choses qui font qu'elle vaut la peine d'être vécue.»
Maria Laura
👉La chanson d'Hélène, comovente interpretação de Romy Schneider e Michel Piccoli
NAKED HEART FOUNDATION - #borninclusive
¿Cómo influyen la sociedad y los padres en la actitud y percepción de los niños?
Naked Heart Foundation ha querido dar respuesta a esta pregunta con un emotivo vídeo que no deja lugar a dudas. Para ello, ha contado con la ayuda de la agencia creativa Marvelous.
sábado, 16 de maio de 2020
sexta-feira, 15 de maio de 2020
Na Ferreira... Dias de aprendizagem!
Está na altura de eu deixar aqui um sincero agradecimento a toda a equipa Erasmus+KA1 mobilidade docente da Ferreira!
Graças à experiência granjeada ao longo das formações em diversos países europeus, ao material adquirido pelo projeto Erasmus, o E@D na Ferreira consegue apoiar inúmeros professores e disseminar novas práticas !
Graças à experiência granjeada ao longo das formações em diversos países europeus, ao material adquirido pelo projeto Erasmus, o E@D na Ferreira consegue apoiar inúmeros professores e disseminar novas práticas !
Nesta teia de partilha tão dinâmica, destaco mais particularmente as professoras Helena Freitas, Lúcia Nunes e Vanda Gomes que se têm multiplicado em ecrãs sucessivos ao longos das últimas semanas...
Hoje, a Helena, mais uma vez, esclareceu as nossas dúvidas e mostrou-nos caminhos novos! Juntas, desbravámos os trilhos (sem nos trilharmos!) do QUIZZIZ.
Poderíamos ter ficado pelo visionamento solitário dos numerosos tutoriais que se têm propagado pela Net... Mas teria sido lento, cansativo e, sem estes sorrisos abertos, bem mais enfadonho!
Esta disponibilidade ilimitada das nossas colegas tem ajudado a agilizar a nossa adaptação a tantas plataformas e a tantas aplicações.
Apoiada numa prática de formação internacional, esta Solidariedade Ferreiresca tem aliviado as angústias que estes últimos tempos criaram...
Sem nunca confinar a Amizade!
Bem hajam!
Bem hajam!
quinta-feira, 14 de maio de 2020
Argentina - Monumentos protegidos!
Buenos Aires coloca máscaras em estátuas da cidade para incentivar prevenção contra covid-19
Prensa GCBA
Prensa GCBA
Prensa GCBA
Prensa GCBA
Prensa GCBA
Prensa GCBA
Prensa GCBA
quarta-feira, 13 de maio de 2020
« Heróis de primeira, salários de segunda»
Fotografia Lusa
" Além do calçado dos enfermeiros, também se viam sapatos dos filhos destes profissionais "
HUGO DELGADO/LUSA
terça-feira, 12 de maio de 2020
Ninguém está sozinho
Cuidar, toda a gente é alguém
Servir, não deixar ninguém cair
Estar, onde não está mais ninguém
Sorrir, a uma vida a emergir
Tratar, há feridas a limpar
Curar, também é saber ouvir
Fazer, ser o primeiro a chegar
Saber, ser o último a partir
Refrão
Cuidar desta missão
Cuidar deste caminho
Cuidar com coração
Ninguém está sozinho
Sentir, ensinamos a amar
Dar, tanto para receber
Ver, quando é preciso olhar
Ter, ordem para proteger
Seguir, nesta nossa viagem
Viver, porque já não estamos sós
Encher, o peito de coragem
Cantar, juntos a uma só voz
Refrão
Cuidar desta missão
Cuidar deste caminho
Cuidar com coração
Ninguém está sozinho
"Este tema musical foi composto e apresentado no V Congresso dos Enfermeiros em Abril de 2019.
Nessa altura o ‘Quarteto dos 3 irmãos Pedro e Paulo’ apresentaram e registaram em áudio e video o tema cantado por cerca de 700 enfermeiros; com isso fizeram o maior coro de enfermeiros alguma vez visto e ouvido.
Nesse dia esta canção passou a ser o Hino da Ordem dos Enfermeiros.
As palavras foram inspiradas no manifesto da Ordem dos Enfermeiros, todo ele feito de verbos, corporizado na ideia de que ‘Ninguém está sozinho’.
Cada verso do poema, parte sempre de um verbo porque os enfermeiros são gente de acção.
Em tempos de pandemia, a gratidão contagia.
O nosso reconhecimento vai em forma de canção.
Há quem dê comendas, louvores públicos, reconhecimentos honoríficos; nós agradecemos com música… cantando."
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BANKSY - Game Changer
No Dia Internacional do Enfermeiro
Relembrar a
Homenagem de Banksy a todos os profissionais de saúde -
Hospital Universitário de Southampton, Inglaterra.
Enfermeira heroína de Banksy vai ajudar os hospitais britânicos
Pintura encontrada em hospital de Southampton vai ser leiloada após estar em exibição na unidade de saúde. Receitas vão reverter para o NHS, sistema nacional de saúde britânico.
segunda-feira, 11 de maio de 2020
quarta-feira, 6 de maio de 2020
MOI ESCUDERO - Para tod@s ellos...
" Para tod@s ellos, por sus sacrificio y esfuerzo, por bajar la terrible curva, por subir la de altas, por seguir tirando fuerte para recuperarnos, para hacernos volver.
¡Mil gracias!
Si os gusta, no dudéis en compartirlo. "
Moi Escudero
AQUI
TONI ANTUNES - Parabéns!
" Super Tio. Dono de um abraço caloroso e um colo onde todos cabem. Oferece mimos que curam tudo. Único, ímpar e especial. Este é o sorriso que procuramos manter na sua e na nossa vida. É a sorte grande da nossa família e está hoje de Parabéns.
Feliz Aniversário, Tio Toni "
Joana e Soraia Antunes
Não podíamos deixar de partilhar esta mensagem tão verdadeira e terna!
Até porque também temos um cantinho no regaço caloroso do nosso querido primo Toni... 💖
José Maria Laura
Feliz Aniversário, Tio Toni "
Joana e Soraia Antunes
Não podíamos deixar de partilhar esta mensagem tão verdadeira e terna!
Até porque também temos um cantinho no regaço caloroso do nosso querido primo Toni... 💖
José Maria Laura
domingo, 3 de maio de 2020
VALENTIN et JULIA VANDER - Symphonie confinée #2 - Blowin' in the Wind
Não temos palavras!
A emoção fala todas as línguas e a beleza chega de todos os cantos do mundo!
Vozes e instrumentos unidos na mesma prece!
Hoje, em Portugal, é Dia da Mãe...
Pensando nas Mães do Mundo que cruzam estradas e mares, que enfrentam canhões e derrubam montanhas, que sofrem no silêncio das lágrimas, que ninguém vê, que poucos ouvem, que anseiam pela Vida e que nos interpelam...
Que o vento nos sopre a resposta verdadeira!José Maria Laura
Valentin Vander a réuni 70 musicien.nes et chanteur.ses du monde entier depuis leur lieu de confinement pour interpréter cette chanson éternelle écrite par Bob Dylan en 1963.
Les enregistrements audios et vidéos ont été effectués avec les moyens du bord, et le tout a été réalisé de façon intégralement bénévole en soutien aux victimes de la pandémie de Covid-19.
Valentin Vander brought together 70 musicians and singers from all over the world from their place of confinement to interpret this eternal song written by Bob Dylan in 1963.
The audio and video recordings were made with the means available, and everything was done entirely on a voluntary basis in support of the victims of the Covid-19 pandemic.
Direction artistique : Valentin Vander
Mixage : Valentin Vander et Paul Vanderhaegen
Montage vidéo : Julia Vander
Mastering : Nicolas Thevenin
Avec par ordre d’apparition à l’image :
Valentin Vander : Guitare / Chant
Martial Bort : Guitares
Léopoldine HH : Chant / Flûte
Clio : Chant
Alvaro Echanove : Chant / Charango
Gatica : Chant
Elie Guillou : Chant
Marion Cousineau : Chant
Jérôme Lefrançois : Chant
Adelaide Carlow : Chant
Par : Luth de la renaissance
Aleth Chapoy-Favier : Piano
Rémi Laurent : Piano / Chant
Kike Harker : Basse
Michal Pasek : Harmonica / Banjo / Chant
Elena La Conte : Chant / Flûte traversière
Christophe Soulie : Guitare / Chant
Dramane Dembele : Tama / Flûte Peule
Thibaut Gueriaux : Hand Drum
Samuel Kamanzi : Guitare / Chant
Nathan Waks : Violoncelle
Hervé Lapalud : Chant / Kora
Tommee Balukea : Chant / Guitare / ukulélé
Allen Svanoe-Loggins : Chant
Axelle Lerouge : Chant
Maria Kalinina : Chant
Falali Vassia Veve Komla Alagbo : Chant
Didier Dumoutier : Accordéon
Julia Vander : Chant
Lili Cros : Chant
Thierry Chazelle : Chant
Émilie Marsh : Guitare
Dominique Jambert : Chant
Oli : Contrebasse
Lola Malique : Violoncelle
Renée Garlène : Chant
Stéphane Cadé : chant
François-Xavier Ngarambe : Chant
Nikito : Chant
Maud Mood : Chant
Ensemble D’Cybèles :
Sophie Aupied-Vallin : Accordéon
Florencia Jaurena : Flûte traversière
Fanny Laignelot : Flûte traversière
Maéva Laignelot : Violon alto
Jùlia Marine : Chant
Insula : Chant
Jonathan Joao : Chant
Bonaventure Dossou Yovo : guitare
Rémy Gouffault : Batterie
François Puyalto – Banjo
Amen Zandjinou : Cajon
Vincent Mangado : Chant / Tambourin
Julien Dub : Saxophone soprano
Minke : Chant
Magloire Ahouandjinou : Trompette
Béatrice Lopez : Violon
Elias Bendix : Guitare
Zolo Viràgh : Basse
Rajery : Valiha
Sophie Baudin : Chant
Amit Kanfer : Piano
Sarah : Chant
René Byamungu : Chant
Tom Marsh : Chant
Théo : Chant
Thibaud Defever : Guitare
Lisa Marie Järlborn : Chant
Sylvain Bamdara : Chant
Trina Khoo : Chant
Brice Perda : Flugabone
Avec la joyeuse apparition d’une partie de l’équipe de la Symphonie Confinée #1 (La Tendresse) :
Sophie Le Cam – Leonor Bolcatto – Clémence Monnier – Nicolas Thevenin – Paul Vanderhaegen – Nour – Garance – Mathieu Gabard – Lucie Malet – Leïla Huissoud – Marjolaine Piémont – Deny Lefrançois – Laura Wild – Pierre Pichard – Jonathan Mathis – Louise O’sman – Gildas Thomas – Camille Feist – Margot - Viviane Hélary
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