terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

ISABEL GOMES DA SILVA e JACQUES PRÉVERT - Pour toi mon amour

Fotografias de Isabel Gomes da Silva
Poema de Jacques Prévert


Je suis allé au marché aux oiseaux
Et j’ai acheté des oiseaux
Pour toi
mon amour



Je suis allé au marché aux fleurs
Et j’ai acheté des fleurs
Pour toi
mon amour



Je suis allé au marché à la ferraille
Et j’ai acheté des chaînes
De lourdes chaînes
Pour toi
mon amour
Et puis je suis allé au marché aux esclaves
Mais je ne t’ai pas trouvée

mon amour.
Paroles, 1945

domingo, 25 de fevereiro de 2018

PÚBLICO - Não, não é para cortar todas as árvores!


Folhetos da campanha
ANA FERNANDES

Não, não é para cortar todas as árvores à volta das casas

A campanha já andava por aí mas foi um mail das Finanças que serviu de gatilho para o pânico. Uma divulgação simplista da lei sobre a limpeza dos terrenos e a ameaça de multas está a levar a que se abatam até árvores de fruto. Os especialistas dizem que não é com ameaças que se gere floresta. O Governo responde que a lei já existia e o importante é reduzir combustíveis.
Há milhares de árvores em risco de serem abatidas no país desnecessariamente. Há uma semana foi publicada uma legislação, divulgada em vídeos e folhetos, que pode ter um impacto na floresta “pior que os incêndios”, dizem especialistas, empresas, organizações florestais e proprietários. O que dali muitos retiram é que em volta das casas e povoações deve haver uma razia completa, caso contrário a multa será pesada. O pânico e a desinformação está a levar a acções radicais. E já há uma petição a pedir mudanças na lei. O Governo contrapõe que apenas clarificou uma legislação que não é nova e que a limpeza dos terrenos é um imperativo nacional.
(...)
“Esta lei foi feita só a pensar nos pinheiros e eucaliptos. Não pensaram que havia outras espécies para as quais não faz sentido? Isto tem tudo para descambar em muita asneira e destruírem-se espécies autóctones, protegidas, que têm valor patrimonial”, questiona Nuno Oliveira, biólogo.

AQUI: https://www.publico.pt/2018/02/23/sociedade/noticia/nao-nao-e-para-cortar-todas-as-arvores-a-volta-da-sua-casa-1804161

sábado, 24 de fevereiro de 2018

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Saint-Valentin, 14 février 2018

Paris, les pieds dans l'eau et le regard déchaîné...


 Photos de José Maria Laura

PARIS - La Canopée du Forum des Halles

"Coiffé de la Canopée, nouveau signal architectural de Paris et du Grand Paris, le Forum des Halles s’est transformé ! 
Comme une gigantesque feuille ondulant au-dessus de Paris, un immense toit d’acier et de verre recouvre le Forum des Halles. Les Parisiens profitent de cette prouesse architecturale haute de 14 mètres et vaste comme la Cour Carrée du Louvre !
Les architectes Patrick Berger et Jacques Anziutti ont puisé leur inspiration dans la nature pour concevoir cette toiture étonnante. « J’ai dessiné comme des fluides toutes les énergies naturelles et urbaines agissant sur ce site complexe et, en optimisant ceux-ci, ils ont commencé à faire apparaître un motif qui a modelé la silhouette de l’architecture », explique avec passion Patrick Berger, le co-concepteur de la Canopée. Ce joli mot désigne habituellement la partie supérieure des forêts en contact direct avec l’atmosphère et les rayons du soleil. 
 Les 15 « ventelles » de verre de la Canopée, telles d’immenses lames, se superposent et laissent passer la lumière et l’air. Grâce à cet édifice couleur de sable et ses 18 000 écailles de verre, la clarté du jour pénètre à travers les puits des escalators. Cette architecture novatrice relie « la ville du dessous à celle du dessus » selon le souhait de ses concepteurs."






Photos de José Maria Laura - février 2018

HENRI DE MILLER - Écoute

 Écoute 
1986. 
« À l’écoute des rumeurs souterraines, tel un galet, cette sculpture est échouée au hasard d’une marée imaginaire, sur les rivages du temps. » 
Henri de Miller (1953 – 1999)
Avec la Canopée du Forum des Halles en toile de fond...
...et devant l'église Saint-Eustache, Place René Cassin, à Paris
Photos de José Maria Laura - février 2018

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

PRÉMIO FERNANDO CARITA na Ferreira

Dia 8 de fevereiro de 2018, pelas 18h...


maria laura matos de Slidely by Slidely Slideshow

Encontro com os Artistas da cidade de Agualva-Cacém
Nesta cidade de Agualva Cacém, onde agora eu circulo com o à-vontade de um turista, vêm ao meu encontro, com seus livros de histórias e poemas, memoráveis crónicas, obras de pintura, poetas e escritores, intelectuais e artistas que marcaram a cultura nacional e que aqui fazem figura, dando graça a ruas e praças!
Nesta cidade, detentora de um património cultural já muito antigo, passo e deambulo, em jeito de repórter; ponho-me à conversa com Alexandre Herculano e, logo a seguir, tiro bilhete para o nosso Garrett, evocando Frei Luís de Sousa e o seu falso romeiro, regressado das trevas dos aventureiros portugueses desaparecidos em combate!
Nesta cidade, que nos convida à descoberta de ilustres figuras, encontramo-nos,
até, com nomes célebres de grandes aviadores! Sento-me na praceta Almirante Gago Coutinho e vem-me à memória a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, cruzando o céu sobre o mar azul!
Prosseguindo a minha peregrinação, dou de caras, vejam bem, com o cronista Álvaro Velho, herói da expedição à Índia, honrando uma rua do nosso Cacém!
Enveredo, então, pela rua de Alves Redol, escritor realista e também jornalista!
Dou-me conta de que ainda só estamos na letra A e, para verem que não me desleixo, vou nomear, primeiro, António Aleixo e o romancista Aquilino Ribeiro!
Entramos na letra B, com o grande Bocage e o poeta Bandarra, e também trago a terreno o dramaturgo Bernardo Santareno!
Sento-me num banco com o Amor de Perdição, e leio, com emoção, Camilo Castelo Branco!
Vamos continuar em diante, na companhia de Cesário Verde, o poeta repórter da cidade de Lisboa, que me inspira neste passeio pelas ruas do Cacém. Ele não tinha, como eu, uma câmara de filmar para registar os instantes! Tinha os sentidos todos apurados: visão, audição, olfato, gosto, tato, que lhe permitiram captar tudo na perfeição!
Estamos na praceta das Descobertas e invocamos, agora, os grandes navegadores, princesas, cavaleiros, reis e trovadores, envolvendo-nos na barafunda de nomes como Diogo CãoD. DinisD. Afonso IV, D. Nuno Álvares PereiraD. Pedro IInês de Castro e D. Maria II!
E não ficamos por aqui, pois há mais nomes do passado que honram a História deste nosso povoado!
Por isso, vamos em frente, veraneando com Fernão LopesFernão Mendes Pinto, por caminhos de Lisboa e do Oriente!
Nesta cidade literata, intelectual e diletante, divagamos com Fernando Pessoa, somos saudosistas e futuristas, intersecionando o passado com o presente!
Levados pelo engano de satisfazer o gosto e o olfato com as delícias de um bom prato, chegamos à rua de Eça de Queirós, e imaginamo-nos a correr com Carlos e Ega para apanhar o americano!
Ah!, mas ainda falta mencionar nomes como o do escultor Machado de Castro, da poetisa Florbela Espanca e do escritor Ferreira de Castro e, já agora, seguimos a ideia de entrar na Corte na Aldeia, com o escritor barroco Francisco Rodrigo Lobo!
Já estamos em despique com o infante D. Henrique, de portas abertas para novas descobertas!
Quem diria que temos tanta arte na nossa freguesia, pois, pelo caminho, ficam-nos nomes como o de Oliveira Martins, Sá de Miranda e Garcia de Resende e ainda fazemos rimas com sonetos e canções de Luís Vaz de Camões, Miguel TorgaJoão de DeusJosé RégioRamalho OrtigãoMarquesa de Alorna e José de Almada Negreiros!
Meu Deus, e ainda falta desenhar o perfil de Guerra JunqueiroMarquês de Pombal, Pedro Álvares Cabral, o matemático Pedro Nunes e Pero Vaz de Caminha, com a sua Carta de Achamento do Brasil!
Finalmente, e num crescendo de diversão, vamos terminar com Gil Vicente, porque o modo mais eficaz de se castigarem vícios e maus costumes é com humor e sem agressão!


Judite Morais

MICHEL AGIER et ANNE-VIRGINIE MADEIRA - Définir les réfugiés

La profondeur des mots, la profondeur des vies! 
L'importance de bien définir les mots afin de mieux connaître d'autres vies.


«La crise qu'a traversée l'Europe, avec l'augmentation spectaculaire des arrivées de migrants venus principalement du Moyen-Orient et d'Afrique, a mis en évidence l'incertitude des classifications institutionnelles qui servent à la description et à la gestion des flux migratoires. Si le caractère absolu voire « sacré » de l'asile est sans cesse réaffirmé par les gouvernements français, sa mise en oeuvre donne lieu à des attitudes bien différentes de son principe universaliste. Réfugiés, migrants, demandeurs d'asile, mais aussi réfugiés de guerre, migrants économiques, migrants clandestins, sont autant de termes apparemment descriptifs qui, pourtant, engagent toute une épistémologie et une politique des classifications institutionnelles, médiatiques, populaires ou savantes. Leur analyse est à faire, alors qu'aucune de ces classifications ne peut prétendre à l'existence de définitions absolues, partout et toujours vraies des catégories. C'est à cette relativité des modes de classifications et des catégories utilisées que veut répondre le présent ouvrage, en se centrant sur la figure du réfugié, et sur le principe qui la fonde, l'asile.»
MERCI: http://www.laviedesidees.fr/Definir-les-refugies.html

LE MONDE et AFP - Paris sous la neige...

 À Paris, à la station Château-de-Vincennes.
 Le port de la Tournelle sous l'eau et la neige, à Paris, le 7 février au matin.

Boulevard Richard-Lenoir, à Paris.
À Paris, le 6 février.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

ARTE / MARIA DE MEDEIROS e FERNANDO PESSOA - Uma trança de línguas e poesia !




«Un poème de Fernando Pessoa. 
Une comédienne exceptionnelle pour l’interpréter.
Un moment très rare.
Il y a quelques mois j’ai proposé à Maria de Medeiros, pour ARTE, une expérience poétique et une performance d’acteur un peu particulières : dire un poème de Fernando Pessoa dans les trois langues que maitrise parfaitement la comédienne, le portugais (la langue originale du poème), le français et l’allemand. Nous avons choisi « Toutes les lettres d’amour sont ridicules », un beau poème de Fernando Pessoa. 
Il ne s’agit pas ici d’une simple traduction où se succèderaient passivement les trois langues. C’est plus compliqué et donc plus mystérieux.
Le poème est dit en portugais et traduit simultanément en français et en allemand par Maria de Medeiros.
Trois langues se croisent, s’entrecroisent, continuellement. Un tressage linguistique poétique merveilleusement exécuté par l’indispensable Maria de Medeiros.
Un moment rare vous dis-je !
Traduction française : 
Pierre Léglise-Costa.
Traduction allemande : 
Inés Koebel»
Paul Ouazan