Lançamento no dia 6 de dezembro!
Sinopse
Quando nasci,
sem destino próprio definido,
foi-me concedido o voo das aves,
para que pudesse sonhar todos os dias,
erguendo pontes entre a ilusão 
e o que todos pensam ser a realidade.
Autor: Ana Paula Birra
Data de publicação: Novembro de 2018
Número de páginas: 64
ISBN: 978-989-52-4376-1
Colecção: Prazeres Poéticos
Género: Poesia
Idioma: Pt
Poemas da Ana Paula Birra a espreitarem pela janela da nossa sensibilidade:
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Conta-me o mundo, 
Os rios que o circundam, 
Os desertos que são luz, 
As casas que inventamos, 
As penas que a vida traz. 
Conta lá devagarinho, 
Como é que andamos às voltas 
Numa bola de sabão 
E não sabemos dos sonhos 
Que às vezes parecem portas 
E outras nem isso são… 
Conta, 
Como é que o tempo nos muda 
E nós, que nos cremos gente, 
Persistimos na procura 
Duma fé que seja urgente 
E nos impeça a loucura! 
Vá lá, conta-me o mundo… 
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Hoje, apetece-me  
um céu cinzento 
de chuva anunciada 
antes do vento, 
um céu visto do interior 
da janela de uma casa, 
o lume aceso,  
o copo de vinho, 
as laranjas verdes, 
e muito ao longe, 
o traçado dos caminhos... 
Hoje, apetece-me um céu cinzento 
a chuva, o vento e o interior  
de uma casa 
habitada por dentro... 
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Abraça-me até ao infinito,  
até à plenitude das árvores,  
à negação da flor,  
à afirmação do fruto,  
à rendição total desta verdade,  
que é sentir tudo sem razão,  
só porque existe o coração! 
Abraça-me agora e sempre,  
que se o amor não cabe nas palavras,  
não caberá também a vida 
nas metáforas! 
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Vem comigo até ao mar, 
e faz-me um barco de espuma, 
mas que possa navegar, 
mesmo em dias de chuva, 
mas que possa navegar, 
haja sol ou haja vento, 
um barco feito de espuma, 
um barco que atrase o tempo... 
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Até nos dias mais tristes 
e nas manhãs mais cinzentas, 
há pássaros em voo 
e árvores que resistem ao vento, 
como nós, 
simples humanos,  
buscando incessantemente  
o universo, 
não o sabendo dentro de nós! 
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Uma janela só, 
que tenha ombreira e batente, 
daquelas que nos deixam  
ver a rua inteira, 
com sol ou chuva, 
areia e vento, 
das que, do mesmo modo, 
deixam passar os sonhos 
crivando a lua, a fé 
e o tempo... 
Uma janela só, 
mas que dê para dentro  
de quem somos... 
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