Agualva, 17 de junho de 2013
Na Ferreira Dias, o refeitório e o ginásio continuam a ser apenas um refeitório e um ginásio!
Hoje, até a sala de professores estranhou: encheu-se apenas de sol...
Das 22 salas prontas para os exames, apenas funcionaram 10.
85,5% do corpo docente aderiu à greve!
O que os professores reinvindicam hoje é também um claro benefício para os atuais alunos e para o futuro do ensino. As escolas conscientes e implicadas sentir-se-ão tranquilas e sabem que o sucesso educativo é pouco visível no presente - a sua luminosidade projeta-se no amanhã.
Ao contrário, e infelizmente, a visibilidade das práticas políticas solda-se ao seu presente, desprezando o futuro de todos.
Ao contrário, e infelizmente, a visibilidade das práticas políticas solda-se ao seu presente, desprezando o futuro de todos.
Apesar de achar muito bem que os professores se manifestem, será que estou a ser muito injusta por querer exigir que neste processo não se prejudique ninguém que não tenha culpa? É que eu como aluna já estou farta de ser prejudicada por toda a gente (não só professores, claro) e não ter direito a manifestar-me também: greves e supressoes de comboios que nos obrigam a dormir em casa de amigos dias seguidos porque ja não podemos faltar mais; demorar o triplo do tempo, para chegar à faculdade e voltar para casa; exames que deixam de acontecer devido a greves; propinas altissimas e mesmo os elevados custos do ensino que se diz "gratuito", que faz com que todas as semanas reparemos na falta de alguém; farta de ver colegas a partilharem uma refeição (hoje comes tu a sopa, amanhã comes o prato principal); farta de ver os meus colegas serem convidados para trabalhar no estrangeiro e nem olharem para trás.
ResponderEliminarMesmo que a luminosidade se projete no amanhã, por enquanto é hoje.
Acredite que estou do lado dos professores e que já tive discussões muito acesas para vos defender (até porque tenho professores na minha familia e sem bem o que eles sofrem apesar de não o sofrer diretamente): as toneladas de trab. que trazem para casa, os ordenados irrisórios, o nº excessivo de alunos por turma, as condições fisicas das escolas, alterações bizarras nos planos de estudos. Tudo coisas que já me prejudicaram, e continuam a prejudicar, mesmo estando já na faculdade.
Sei que os professores estão a lutar pelos seus direitos; a questão é que gostava é que também estivessem com os seu alunos a lutar pelos direitos de todos. Connosco. E não contra nós. E aí sim, seria para presente e para o amanhã.
Estou convosco em ideologia, só não posso é concordar com a maneira que arranjaram para se manifestar.
Boa sorte!
Concordo plenamente, Ana... Estou farta de ser prejudicada quando não tenho culpa nenhuma do que se passa...
ResponderEliminarNão consigo, por mais que tente, estar de acordo com esta greve...
Mais uma vez, os alunos foram os principais prejudicados... Tal como são quando há um número elevado de alunos por turma (o que me impediu, e impede, de esclarecer as minhas dúvidas e de aprender), como quando as condições físicas da escola não são as melhores (não me esqueço do frio que passei nas aulas de Francês, no Inverno, em que nem conseguia pensar, quanto mais escrever...), como nas alterações do plano de estudos, como quando os maquinistas da CP fazem greve e os alunos chumbam por não terem conseguido ir à faculdade num dia de exame... Mais uma vez, os alunos foram os prejudicados. Nem sei porque é que ainda me surpreendo...
Não consigo perceber de que modo é que os alunos serão benefíciados, nem a curto, nem a longo prazo. No entanto, como sempre, as opiniões dividem-se.
É o país que somos!
Ana e Alexandra, agradecemos os vossos comentários: FerreiraDiaseNoites fica, desta feita, verdadeiramente PLURAL. Prezamos o DIÁLOGO e QUEREMOS ouvir todas as vozes.
ResponderEliminarEstes momentos são difíceis PARA TODOS e não nos parece que apenas os alunos tenham saído prejudicados...
Nos vossos comentários, deram exemplos que vêm fortalecer a luta dos professores; uma luta «pelos seus direitos» que abarca também os direitos dos alunos. Por respeito pelo Ensino...
Por AMOR também ! Porque, ao abraçarmos esta Profissão, sabíamos que isso é lidar quotidianamente com o que Portugal e qualquer país tem de mais precioso: o fulgor da juventude, a sua curiosidade, a sua inteligência.