13 DE FEVEREIRO DE 2014, com chuva e muito entusiasmo, a Ferreira no CIBA a reviver esta extraordinária batalha...
Parabéns à equipa do CIBA que nos recebeu calorosamente!
Poema para a padeira que estava a fazer pão enquanto se travava a batalha de Aljubarrota
Está sobre a mesa e repousa
o pão
como uma arma de amor
em repouso
As armas guardam no campo
todo o campo
Já os mortos não aguardam
e repousam
Dentro de casa ela aguarda
abrir o forno
Ela em mão que prepara
o amor
Pelos campos todos armas
não repousam
mais os mortos
ter amor
Sobre a mesa põe as mãos
pôs o pão
Fora de casa o rumor
sem repouso
Ela agora abre o fogo
para o pão
em repouso ela ouve os mortos
lá de fora
Lá de fora entram armas
os homens
As mãos dela não repousam
acolhem
Sobre a mesa pôs o pão
arma de paz
Contra as armas da batalha
arma de mão
Contra a batalha das armas
não repousa
Caem contra a mesa os mortos
contra o forno
Outra paz não defende ela
que a do pão
Defende a paz que é da casa
e das mãos.
Fiama Hasse Pais Brandão
(Lisboa, 15 de Agosto de 1938 — Lisboa, 19 de Janeiro de 2007)
Escritora, poetisa, dramaturga, ensaísta e tradutora portuguesa.
Na Batalha, à descoberta do Gótico e do Manuelino...
Fotografias de JoséMariaLaura
Para quem não esteve presente:
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