sábado, 21 de novembro de 2020

(E)terna gratidão

                                                                  À Dona Emília, a nossa Mila
2002

Já sabíamos a crueldade da pandemia que, há longos meses, não permite uma presença física, um carinho mais aconchegado. Hoje, pela primeira vez, sentimos profundamente a sua crueldade: nem sempre poderemos acompanhar Amigos numa última despedida…

Querida Dona Emília, fica aqui um sorriso antigo que nunca se apagou com o passar dos anos…

TERNO como o colo que ofereceu à nossa Mariana,

ETERNO como as escoras de bondade que sempre ergueu pelos lugares que povoou.

Entre tantas recordações, guardaremos preciosamente a alegria do nosso último encontro no patamar da vossa casa: a Dona Emília sorridente ao lado do Senhor Rocha, seu companheiro de mais de sessenta anos.

Querida Dona Emília, continuará a doer a imagem das suas mãos estendidas num esboço de abraço, logo recolhido… As máscaras e a distância física imposta pelas circunstâncias nunca apagarão a doçura do seu olhar, que continuará, entranhada na nossa Memória.

Mariana, José Maria e Maria Laura 

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