Ferreira Dias e Noites: abril 2014

sábado, 26 de abril de 2014

ABRIL RECRIADO!

Militar ou não, camuflado ou não, qualquer comprometido com ABRIL poderia avançar num tanque como este !

José Maria Laura

FOTO AQUI:https://www.facebook.com/esberard.sandra

Abril, de 1974 a 2014...

PORQUE ABRIL NÃO É UM CAPÍTULO DE VELHOS EM ANQUILOSE.

PORQUE ABRIL É O CLARÃO NO LASTRO DO FUTURO SE OS JOVENS QUISEREM SER INTELIGENTES.

PORQUE NOS NOSSOS AGRADECIMENTOS BROTAM, TRÉMULOS, CRAVOS DE ESPERANÇA!

José Maria Laura

AQUI: http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?album=OperacoesMilitares&wakka=Galeria

sexta-feira, 25 de abril de 2014

ANTÓNIO GASPAR - 25 de abril

Message in a bottle

25 de Abril na gaiola da AR?

AQUI: https://www.facebook.com/antonio.gaspar.79

De luto eu luto
Pela liberdade calada
De luto eu luto
Pela dignidade roubada
De luto eu luto
Por respeito aos meus avós
De luto eu luto
Desatando estes nós
De luto eu luto
Pelos valores dos meus pais
De luto eu luto
Por verdadeiros ideais
Eu luto, e lutaremos
Contra todos vós
(que nos roubam, que nos pisam)
Para que tenhamos as gargantas
Livres de tantos nós

Rita Correia (n1977, ilustradora, filha da liberdade)
AQUI: https://www.facebook.com/ritacorreia.ilustradora?hc_location=timeline

quinta-feira, 24 de abril de 2014

ZÉ OLIVEIRA - Regar Abril

«Todos os anos é necessário regar os cravos do 25 de Abril, as flores da nossa Primavera. Aliás, de ano para ano ficam cada vez mais necessitados de uma boa rega...
Eis o que eu pretendi afirmar por alturas do 25 de Abril, quando publiquei este cartoon no semanário Trevim, da Lousã.»

AQUI: http://zeoliveira.blogs.sapo.pt/arquivo/2004_10.html

MANUEL ALEGRE - Trova do mês de Abril

Foram dias foram anos a esperar por um só dia.
Alegrias. Desenganos. Foi o tempo que doía
com seus riscos e seus danos. Foi a noite e foi o dia
na esperança de um só dia.

Foram batalhas perdidas. Foram derrotas vitórias.
Foi a vida (foram vidas). Foi a História (foram histórias)
mil encontros despedidas. Foram vidas (foi a vida)
por um só dia vivida.

Foi o tempo que passava como se nunca passasse.
E uma flauta que cantava como se a noite rasgasse
toda a vida e uma palavra: liberdade que vivia
na esperança de um só dia.

Musa minha vem dizer o que nunca então se disse
esse morrer de viver por um dia em que se visse
um só dia e então morrer. Musa minha que tecias
um só dia dos teus dias.

Vem dizer o puro exemplo dos que nunca se cansaram
musa minha onde contemplo os dias que se passaram
sem nunca passar o tempo. Nesse tempo em que daria
a vida por um só dia.

Já muitas águas correram já muitos rios secaram
batalhas que se perderam batalhas que se ganharam.
Só os dias não morreram em que era tão curta a vida
por um só dia vivida.

E as quatro estações rolaram com seus ritmos e seus ritos.
Ventos do Norte levaram festas jogos brincos ditos.
E as chamas não se apagaram. Que na ideia a lenha ardia
toda a vida por um dia.

Fogos-fátuos cinza fria. Musa minha que cantavas
a canção que se vestia com bandeiras nas palavras.
Armas que o tempo tecia. Minha vida toda a vida
por um só dia vivida.