quarta-feira, 30 de setembro de 2015

MARINA MARQUES - SINTRA, novo percurso pedestre

Do centro de Sintra ao Palácio da Pena sem carros à vista

por Marina Marques27 setembro 2015



Percurso pedestre com pouco mais de um quilómetro liga desde sábado o centro da vila à entrada do Parque da Pena e do Castelo dos Mouros, revelando a recuperada Vila Sassetti.
Faltavam quatro horas para a inauguração do percurso pedestre que desde sábado liga o centro histórico da vila de Sintra à entrada do Castelo dos Mouros ou do Palácio da Pena e já os turistas o percorriam, fazendo a descida sem terem de se preocupar nem com carros nem com sol. As portas de acesso estavam abertas para que a equipa da Parques de Sintra ultimasse pormenores e quem passava explorava o caminho que permite descobrir alguns dos marcos já conhecidos da paisagem cultural de Sintra, revelando mais um: a Vila Sassetti.
O percurso tem pouco mais de um quilómetro, faz-se confortavelmente em cerca de 45 minutos (a subida). A descida, essa, pode demorar um pouco mais... para se desfrutar de cada recanto. Partindo do parque de estacionamento da Entrada dos Lagos do Palácio da Pena, a cerca de 200 metros da entrada principal, não tarda até que o Castelo dos Mouros se perfile contra o céu, como que exigindo uma fotografia. Ou simplesmente uma contemplação um pouco mais demorada. À esquerda, o Penedo da Amizade rivaliza. Uma imponente falésia de granito, com 45 metros de altura, muito procurada para a prática da escalada. Sabendo disso, a Parques de Sintra monitorizou e reequipou todos dos pontos de ancoragem, garantido a sua manutenção. "O Penedo da Amizade tem 72 vias com diferentes níveis de dificuldade, desde vias para iniciados às mais difíceis", explica Nuno Oliveira, diretor técnico para o património natural da Parques de Sintra - Monte da Lua (PSML).
Uma pequena plataforma de madeira, à esquerda, indica o início da descida. Por degraus de madeira e outros de pedra, contornando algumas rochas que invadem parte do trilho e fazendo a vénia a certos ramos vai-se palmilhando os trilhos que já existiam mas agora estão recuperados, a vegetação aparada. Até se chegar a um muro que antes separava o Castelo dos Mouros da Quinta da Amizade, comprada em 2011 por pouco mais de um milhão de euros pela PSML, empresa de capitais públicos que gere a paisagem classificada como Património da Humanidade pela UNESCO.


terça-feira, 29 de setembro de 2015

JOSÉ EDUARDO AGUALUSA - Raças impuras


Raças impuras

Os portugueses são, de fato, essa mistura antiga de árabes, judeus e negros
Assim como os brasileiros gostam de contar piadas de portugueses, os portugueses gostam de contar piadas de alentejanos. Os alentejanos são, digamos assim, os portugueses dos portugueses. Amo o Alentejo. Tenho uma enorme simpatia pelos alentejanos. Se tivesse nascido em Portugal gostaria que fosse em Évora. As largas planícies alentejanas lembram, até certo ponto, as savanas africanas. O Alentejo é o único lugar onde Portugal parece grande.
Durante séculos, o sul de Portugal recebeu escravos negros. Em 1761, ano em que o Marquês de Pombal determinou o fim da entrada de escravos em Portugal, ainda haveria pelo menos cinco mil a trabalhar nas planícies alentejanas. Persistem sinais dessa presença em alguma toponímia e até em certos nomes de família, de origem banto.
A influência árabe, essa, é evidente. Inclusive na música. O fado, aliás, está tão próximo de alguma tradição árabe que há quem junte as duas e é como se sempre tivesse sido assim. Ouçam por exemplo o jovem Ricardo Ribeiro, cantando, em árabe e português, na feliz companhia do alaúde do libanês Rabih Abou-Khalil. Ouçam a seguir a cantora tunisina Amina Alaoui em “Arco-íris”, um dos mais belos discos de fado que eu conheço.
Pensei nisto tudo no aniversário de Zambujo, enquanto um grupo de alentejanos, numa mesa próxima, começava a cantar. Aquele pátio belíssimo podia ser em Tanger. Podia ser em Marrakech ou em Casablanca. Neste mesmo dia, à tarde, assisti a uma reportagem sobre o drama dos refugiados sírios. Uma moça de voz estridente, entrevistada na rua, insurgiu-se contra a possibilidade de Portugal receber alguns desses refugiados ou quaisquer outros “árabes”, gente, afirmava ela, sem laços de sangue e de cultura com Portugal. Escutei-a horrorizado. Não há maneira de me conformar com a ignorância.
Lembrei-me de um episódio que me contou Mário Soares. Um dia, num encontro que o antigo presidente português teve com Yasser Arafat, para discutir o interminável conflito israelo-árabe, este chamou-lhe a atenção para a herança árabe da Península Ibérica: “Vocês, portugueses, têm de nos apoiar. Afinal, vocês são árabes”.
“É verdade.” Reconheceu Soares, e logo acrescentou: “Mas também somos judeus”.
Os portugueses são, de fato, essa mistura antiga de árabes, judeus e negros. Os brasileiros são a mistura, ainda mais desvairada, de portugueses, africanos, índios, libaneses, japoneses etc. Um português que odeie “árabes” é um português que se odeia a si próprio. Um neonazi português ou brasileiro é o mais esdrúxulo, ridículo e repulsivo dos oxímoros. Contudo — pasme-se! — eles existem. Os comentários nas redes sociais, ou nos jornais on-line, são uma versão moderna dos antigos gabinetes de curiosidades, ou quartos de maravilhas, salas onde, nos séculos XVI e XVII, os fidalgos endinheirados acumulavam coleções de bizarrias, sortilégios e impossibilidades, como sereias empalhadas, cornos de unicórnios ou lágrimas de crocodilo. Nas caixas de comentários dos jornais, os prodígios, deformidades e monstruosidades não são físicos, mas ideológicos e morais. As pessoas exibem ali, com um estranho orgulho, as suas piores deformidades morais, a estreiteza aflitiva dos espíritos, as ideias mais monstruosas. Ali está a exaltada patricinha carioca, defendendo a interdição das praias da Zona Sul aos negros e pobres, ou o operário lisboeta que quer destruir a mesquita de Lisboa. Há de tudo.
Em Dresden, na Alemanha, um grupo de neonazis colombianos foi espancado por neonazis alemães quando tentava juntar-se a uma manifestação contra a entrada de refugiados sírios. Um deles queixou-se amargamente: “Já não basta que na Colômbia nos chamem morenonazis. Nós somos de raça pura, sim, apenas escurecemos um pouco por causa do clima”.
É a história do ratinho que achava que era um gato, até que um gato o comeu.
António Zambujo fez 40 anos. Para festejar o acontecimento, juntou um grupo de amigos num pátio de Lisboa. Quando cheguei, o rio Tejo, lá ao fundo, ainda guardava o último fulgor do dia. Era como um incêndio desaguando na escuridão. A escuridão era o mar. Conheci António Zambujo em São Paulo. Foi Marília Gabriela quem pela primeira vez me falou dele: “Você já ouviu um fadista português chamado António Zambujo?” — perguntou-me. Disse-lhe que não: “Não existe. Se existisse eu saberia”. Então ela ofereceu-me um disco, era o “Outro sentido”, de 2007, e eu fiquei maravilhado. Não sabia que havia em Portugal alguém a fazer música assim. Tentei justificar a minha ignorância: “Você disse-me que era um cantor português e este António é alentejano”.
  
AQUI:
http://oglobo.globo.com/cultura/racas-impuras-17623219?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=compartilhar

GRAND CORPS MALADE - Nos absents

«À plusieurs on est plus fort mais on est pas moins triste.»



C’est pas vraiment des fantômes, mais leur absence est tellement forte,
qu’elle crée en nous une présence qui nous rend faible, nous supporte.
C’est ceux qu’on a aimé qui créaient un vide presque tangible,
car l’amour qu’on leur donnait est orphelin, il cherche une cible.
Pour certains on le savait, on s’était préparé au pire,
mais d’autres ont disparu d’un seul coup, sans prévenir.
On leur a pas dit au revoir, ils sont partis sans notre accord,
car la mort a ses raisons que notre raison ignore.
Alors on s’est regroupé d’un réconfort utopiste.
À plusieurs on est plus fort mais on est pas moins triste.
C’est seul qu’on fait son deuil, car on est seul quand on ressent.
On apprivoise la douleur et la présence de nos absents.
Nos absents sont toujours là, à l’esprit et dans nos souvenirs.
Sur ce film de vacances, sur ces photos pleines de sourires.
Nos absents nous entourent et resteront à nos côtés,
ils reprennent vie dans nos rêves, comme si de rien n’était.

On se rassure face à la souffrance qui nous serre le cou,
en se disant que là où ils sont, ils ont sûrement moins mal que nous.
Alors on marche, on rit, on chante, mais leur ombre demeure,
dans un coin de nos cerveaux, dans un coin de notre bonheur.
Nous, on a des projets, on dessine nos lendemains.
On décide du chemin, on regarde l’avenir entre nos mains.
Et au cœur de l’action, dans nos victoires ou nos enfers,
on imagine de temps en temps que nos absents nous voient faire.
Chaque vie est un miracle, mais le final est énervant.
J’me suis bien renseigné, on en sortira pas vivant.
Faut apprendre à l’accepter pour essayer de vieillir heureux,
mais chaque année nos absents sont un peu plus nombreux.
Chaque nouvelle disparition transforme nos cœurs en dentelle,
mais le temps passe et les douleurs vives deviennent pastel.
Ce temps qui pour une fois est un véritable allié.
Chaque heure passée est une pommade, il en faudra des milliers.

Moi, les morts, les disparus, je n’en parle pas beaucoup.
Alors j’écris sur eux, je titille mes sujets tabous.
Ce grand mystère qui nous attend, notre ultime point commun à tous
qui fait qu’on court après la vie, sachant que la mort est à nos trousses.
C’est pas vraiment des fantômes, mais leur absence est tellement forte,
qu’elle crée en nous une présence qui nous rend faible, nous supporte.
C’est ceux qu’on a aimé qui créaient un vide presque infini,
qu’inspirent des textes premier degré. Faut dire que la mort manque d’ironie.


«On apprivoise la douleur et la présence de nos absents.»

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

CRIANÇAS CIGANAS - «Yo no soy trapacero, yo no soy trapacera»




Ciganos protestam contra definição "pejorativa" no dicionário espanhol

A convite do Conselho Estatal do Povo Cigano Espanhol, dez crianças ciganas falam sobre os seus sonhos, gostos e aspirações para o futuro num curto vídeo de dois minutos. A certa altura, a entrevistadora pede-lhes para abrir o Diccionario de la Real Academia de la Lengua Española e procurar a definição de “cigano” e a 5.ª entrada do dicionário dá-lhes um termo que não conhecem: “trapacero” – uma definição “pejorativa e ligada à fraude e ao engano”, defende o Conselho Estatal.
AQUI: http://lifestyle.publico.pt/noticias/347396_ciganos-protestam-contra-definicao-pejorativa-no-dicionario-espanhol


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Em Portugal, 3 dicionários em linha:




cigano
ci.ga.no
  [siˈɡɐnu]
adjetivo

1.
que diz respeito aos Ciganos
2.
que pertence aos Ciganos
nome masculino

1.
o que pertence aos Ciganos; zíngaro
2.
LINGUÍSTICA língua ou dialeto romani
3.
indivíduo nómada
4.
pejorativo aquele que tenta enganar nos negócios; trapaceiro
5.
pejorativo avarento, sovina
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ci·ga·no 
(talvez do francês antigo cigain, actualmente francês tsigane ou tzigane)
adjectivo
1. Relativo a ou próprio dos ciganos (ex.: canto cigano). = ZÍNGARO
adjectivo e substantivo masculino
2. Diz-se de ou indivíduo pertencente aos ciganos, povo nómada, de origem asiática, que se espalhou pelo mundo. = MANUCHE, ZÍNGARO
3. [Informal]  Que ou aquele que leva vida errante.
4. [Informal]  Que ou aquele que tem arte e graça para captar as vontades.
5. [Pejorativo]  Que ou quem age com astúcia para enganar ou burlar alguém. = BURLÃO, IMPOSTOR, 
TRAPACEIRO, VELHACO
6. [Pejorativo]  Que ou aquele que é excessivamente agarrado ao dinheiro. = AVARENTO, SOVINA
7. [Linguística]  O mesmo que romani.
substantivo masculino
8. [Ornitologia]  Ave do Norte do Brasil.
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Por  (SP) em 27-06-2009
Cigano: Membro do grupo étnico originado
do Antigo Oriente, Provavelmente do Norte da India.. Conhecidos por suas danças, musicas alegres e misticismos em todos os países. Por ser um povo errante, sua cultura agrega cultura de vários países. Eles foram e ainda são alvos de muito preconceito, Uma das maiores chacinas vivenciada pelo povo cigano foi durante a segunda guerra mundial, nos campos de concentrações alemães.



sábado, 26 de setembro de 2015

Au nom des seins ! Contre le Cancer du sein





«Détectés à temps, 90% des cancers du sein se soignent. Afin d’encourager au dépistage, CARTE NOIRE Soluble et l’association Le Cancer du Sein, Parlons-en ! ont invité 12 personnalités féminines à révéler les surnoms qu’elles donnent à leurs seins.»


«CARTE NOIRE Soluble remercie les 12 femmes qui ont été sensibles à la cause et ont joué le jeu : la célèbre designer Chantal Thomass, les chanteuses Micky Green, Inna Modja et Yelle, l’actrice et animatrice Virginie de Clausade, Kenza (de La Revue de Kenza), Pauline (de Fashion Blog), Violette (du blog Sois belle et Parle), Margot (du blog You Make Fashion), la mannequin Caidy Huan, la it-girl Inès Melia et la comédienne Sigrid Bouaziz.»

MERCI: http://iletaitunepub.fr/blog/2015/09/25/aunomdesseins-la-campagne-qui-encourage-les-femmes-a-se-faire-depister/

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

UNICEF - Personne...


STROMAE - Quand c'est ?

Jeux de maux et de mort,
Jeux de mots et de vie...
Bravo Stromae!
José Maria Laura




Le chanteur belge revient avec une nouvelle vidéo pour "Quand C'est". Le dernier extrait de Racine Carrée est agrémenté d'une chorégraphie soignée et d'un clip perturbant. Entre beauté, peur et étrange.
MERCI: http://www.villaschweppes.com/article/stromae-quand-c-est-un-clip-a-la-beaute-etrange-et-inquietante_a12176/1
PAROLES
Mais oui on se connait bien
T'as même voulu te faire ma mère, hein ?
T'as commencé par ses seins
Et puis du poumon à mon père, tu t'en souviens ?

REFRAIN
Cancer, cancer
Dis-moi quand c'est
Cancer, cancer
Qui est le prochain ?
Cancer, cancer
Dis-moi quand c'est
Cancer, cancer
Qui est le prochain ?

Et tu aimes les petits enfants
Décidément rien ne t'arrête, toi
Mais arrête de faire ton innocent
Sur les paquets de cigarettes
"Fumer tue", tu m'étonnes
Mais tu m'aides.

REFRAIN

Quand c'est ? Quand c'est ?
Que tu cesses tes avances ?
Quand c'est ? Quand c'est ?
Que tu pars en vacances ? 
Quand c'est ? Quand c'est ?
Quand est-ce que tu y penses ?
Quand c'est ? Quand c'est ?
Ça nous f'ra des vacances.

REFRAIN

Qui est le prochain ?  


quarta-feira, 9 de setembro de 2015

ZEP - Mi petit, mi grand...

ZEP: « Ces scènes n’ont pas été faciles à dessiner, mais je
crois qu’il fallait le faire. Je me suis dit que la mort de
personnages familiers toucherait davantage que les images
de réfugiés qui passent en boucle à la télé et qu’on ne veut
pas regarder en raison de notre incroyable capacité au
cynisme»


www90


MERCI: http://zepworld.blog.lemonde.fr/

sábado, 5 de setembro de 2015

Migrants, réfugiés, demandeurs d'asile en Europe: un afflux exceptionnel ?

Migrants, réfugiés, demandeurs d'asile en Europe: un afflux exceptionnel ? 

"Le mot "migration" n'a pas bonne presse ces temps-ci en Europe. (...) L'actualité et l'intérêt qu'on lui porte incitent à s'interroger sur l'histoire des migrations à l'intérieur de l'Europe, depuis l'Europe et hors de l'Europe ; car on est mieux à même de porter un jugement sur les processus de migrations actuels lorsque l'on peut appréhender les processus achevés - et donc historiques - et lorsque l'on connaît les lignes d'évolution au terme desquelles se posent les problèmes actuels." Klaus Bade, introduction à l'"Europe en mouvement" (Le Seuil, 2002)


Alors que l'Europe fait face à un afflux de migrants et de réfugiés exceptionnel, nous avons extrait de l'ouvrage de l'historien allemand Klaus Bade, ancien directeur de l'Institut de recherches sur les migrations et les études interculturelles, quelques uns des principaux mouvements de population du XXe siècle.
L'afflux de 2015 est certes exceptionnel, et nécessite des mesures exceptionnelles de l'Europe, mais le vieux continent a fait face à de nombreuses reprises dans le siècle passé à des mouvement d'ampleur égale ou supérieure, pour une population européenne par ailleurs bien moindre.
Les mouvements migratoires du XXe siècle ne sont pas ici présentés de façon exhaustive, seuls sont représentés ceux qui s'inscrivent dans un temps court : sur une durée de moins d'un an, d'une ampleur de plus de 100 000 personnes (sauf pour les Arméniens de 1923), et dont nous avons les chiffres de façon certaine (en l'absence de données précises concernant l'accueil des boat people sud-asiatiques par la France en 1979 par exemple, nous ne mentionnons pas ce cas). Ont été préférés également les mouvements de populations réfugiées, au sens de la Convention de Genève, à savoir fuyant persécutions ou conflits. 
Cette mise en perspective historique révèle à la fois que l'Europe a fait face, et a su faire face à de nombreuses vagues de migrants et de réfugiés, mais souligne aussi le caractère "exceptionnel" selon le terme de la chercheuse Catherine Wihtol de Wenden de l'afflux actuel. Un aspect inédit à plusieurs titres : 
La provenance hétéroclite des migrants et des réfugiés : la diversité des pays d'origine, et des causes du départ est extrêmement variée : peu de rapports en effet entre une famille fuyant la guerre syrienne, un jeune homme quittant la dictature érythréenne, et une Afghane rejoignant sa famille. 
La composition ethnique et sociologique diverse entre pays d'accueil et pays de provenance : plus l’homogénéité culturelle, ethnique, et sociale entre pays d'accueil et de provenance est importante, plus les flux sont absorbés dans la discrétion et le consentement des opinions publiques. Par ailleurs, plus la dignité des migrants et des réfugiés est respectée à leur arrivée (politique de logement, d'accueil, sans théâtralisation des politiques de contrôle...), moins la figure du "migrant" est rendue "indésirable" dans l'opinion publique, et plus la réception et l'intégration se passent bien.   

NB : Les pays sont représentés dans leur forme géographique actuelle (Russie, Allemagne...) 

MERCI: http://www.franceculture.fr/2015-09-04-migrants-refugies-demandeurs-d-asile-en-europe-33-un-afflux-exceptionnel

Pour tous les enfants oubliés!

Photos et dessins empruntés à tant de sites!
Chanson de Yves Duteil Prendre un enfant 
MERCI!
«L'humanité échouée»
maria laura matos de Slidely by Slidely Slideshow


Une autre de ses magnifiques chansons:
http://ferreiradiasenoites.blogspot.pt/2015/04/yves-duteil-pour-les-enfants-du-monde.html

RIO 2016 Jogos Paralímpicos - O Treino que muda opiniões



«Colocamos câmeras escondidas em diversas academias do Rio de Janeiro. Mas a intenção não era fazer um experimento.
Apenas mostrar a realidade.

E a realidade é que ver um atleta Paralímpico de perto é algo muito, muito surpreendente.»

Jogos Paralímpicos Rio 2016. #TEMQUEIR

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

PLATAFORMA DE APOIO AOS REFUGIADOS (PAR) - «Vemos, ouvimos e lemos. Não podemos ignorar»


Cantata de paz

Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Não podemos ignorar
Vemos, ouvimos e lemos
Relatórios da fome
O caminho da injustiça
A linguagem do terror
A bomba de Hiroshima
Vergonha de nós todos
Reduziu a cinzas
A carne das crianças
D'África e Vietname
Sobe a lamentação
Dos povos destruídos
Dos povos destroçados
Nada pode apagar
O concerto dos gritos
O nosso tempo é
Pecado organizado.

Sophia de Mello Breyner Andresen


A PAR é uma plataforma de organizações da sociedade civil portuguesa, para apoio aos refugiados, na presente crise humanitária.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

ROBERT ATANASOVSKI / VICTOR HUGO - «Qu'était-ce que l'enfant?»


VICTOR HUGO

TOUTE LA LYRE
1888-1893
I
XXXI

Qu'était-ce que l'enfant ? qu'était-ce que la mère ?
Je l'ignorais. C'était la saison éphémère
Qui nous enchante ; et n'a qu'un défaut, durer peu,
Avril. De ma mansarde, entr'ouverte au ciel bleu,
Je regardais, à l'heure où le jour vient de naître,
Une femme tournant le dos à la fenêtre,
Assise sur son lit, un enfant dans ses bras ;
Je devinais l'enfant, je ne le voyais pas,
Tant ils étaient tous deux serrés l'un contre l'autre.
Malheur au faible ! ô sombre horizon que le nôtre !
Cette femme était là seule, en ce bouge étroit.
Elle avait un enfant ; mais avait-elle un toit ?
Était-elle, humble plante et rose infortunée,
Livrée à ce vent noir qu'on nomme destinée,
Qui brise au haut des monts le cèdre et le sapin ?
Avait-elle du lait ? avait-elle du pain ?
De quoi manger ? de quoi nourrir ? poignant problème !
Nos lois sont les carcans de la misère blême.
Avait-elle un amant ? avait-elle un mari ?
Qu'un rameau soit flétri parce qu'il est fleuri,
C'est triste, et c'est, hélas, souvent le sort des femmes !
Ce vil monde punit l'éclosion des âmes.
Elle semblait rêver sous un nuage obscur ;
Elle ne parlait pas et regardait son mur ;
Moi j'étais dans l'aurore, elle dans les ténèbres ;
Et je ne distinguais, dans ces ombres funèbres,
De ce double destin entrevu vaguement,
Rien que deux petits bras pressant un cou charmant.

9 mai 1877.

We need another Europe!


«His name was Aylan. He was 3 years old. He drowned at sea with his parents and his 5 year old brother, Galip. They fled from violence, oppression and poverty and tried to reach Europe. They symbolise the desperation of thousands.

This is how he should have been lying tonight. Safe. Warm. Alive.

Our Europe didn't let him. We need another Europe.»



AQUI: https://www.facebook.com/solidaritywithgreece